Evolução da Paleoceanografia da Corrente Norte do Brasil


Arquipélago de S. Pedro e S. Paulo - métodos geofísicos e de testemunhos

Resumo

Nos últimos 66 milhões de anos, o clima do planeta mudou consideravelmente, passando de quente e úmido no Cretáceo para o clima mais frio e seco, com maior gradiente de temperatura entre os polos e o equador. Parte fundamental destas alterações climáticas ocorridas é o papel das correntes oceânicas, que são parte fundamental do balanço de energia no planeta, realizando a troca entre águas quentes e frias através dos oceanos e hemisférios. As correntes compõem a circulação termohalina global, controlando, com a circulação atmosférica, o clima no planeta. Justamente por essa importância no controle do clima, a compreensão de suas variações ao longo do tempo é importante ferramenta para o entendimento do paleoclima. Acredita-se, por exemplo, que alterações bruscas no comportamento das correntes oceânicas podem ter iniciado as glaciações passadas.

Dentro deste cenário, é fundamental entender a formação e as variações da Corrente Norte do Brasil (CNB). Atualmente, esta corrente é responsável pelo transporte de calor do Atlântico Sul para o Atlântico Norte, através do Caribe. Este calor segue para o Hemisfério Norte, possibilitando subducção de águas densas frias e, consequentemente, permitindo a existência da AMOC. Duas outras características da CNB são sua relação com as variações da ZCIT e seu processo de retroflexão, que ocorrem sazonalmente. Entender a fundo esta relação desde o surgimento da CNB é essencial para o estudo do passado climático do Atlântico Equatorial e da América do Sul.

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Pesquisadores

  • Luigi Jovane (IO-USP)
  • Daniel P V Alves (IO-USP)
  • Raylla Souza (IO-USP)



Financiamento e apoio